Pesquisa de

DPOC ( Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)

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A DPOC é uma doença respiratória crônica, prevenível (considerando a não exposição a substância tóxicas e nocivas) e tratável, porém não completamente reversível. Isso significa que uma vez diagnosticada a doença não existe mais a possibilidade de cura para essa condição, apenas tratamento para melhora dos sintomas e estabilidade clínica, evitando que a doença continue progredindo.

Em 2004 no Brasil a DPOC representava a 5ª causa de óbito e contabilizava quase 300.000 internações no SUS, totalizando um gasto anual de quase 72 milhões de reais, gerando, ainda, alta taxa de falta no trabalho, bem como redução na qualidade e na expectativa de vida. Ainda em dados brasileiros, estima-se que em torno de 12% da população acima dos 40 anos seja portadora de DPOC.

Existem vários fatores de risco conhecidos para que um paciente desenvolva DPOC, mas sabemos que a doença ocorre pela associação de fatores externos (tabagismo, poluição, fumaça de lenha, poeira ocupacional) e fatores individuais (desnutrição, prematuridade, alterações genéticas). A manifestação da doença também varia muito de um paciente para outro, mas o principal sintoma relatado é a tosse. Também é comum a queixa de falta de ar, expectoração e infecções respiratórias de repetição.

Para confirmar o diagnóstico da DPOC é fundamental a realização da espirometria (prova de função pulmonar). Nesse exame podemos classificar a gravidade do distúrbio ventilatório e definir o plano terapêutico. A radiografia de tórax é um exame que sempre deve ser solicitado para excluir outras alterações pulmonares associadas.

O tratamento é indicado quando o paciente tem alteração comprovada pela espirometria e apresenta sintomas clínicos. Podem ser usados vários dispositivos inalatórios (“bombinhas”) com os mais variados componentes, principalmente beta-2-agonistas e anti-colinérgicos. Cada medicação é especifica para um quadro clínico apresentado pelo paciente, e, portanto, deve ser indicada por profissional especializado, como um pneumologista.


Referências:

1) Diretrizes brasileiras para o manejo da DPOC. 2016. SBPT.

2) II consenso brasileiro sobre DPOC. 2004. JBP.